sexta-feira, 20 de julho de 2007

Os amigos são sempre amigos...sempre!

Caro amigo, permita-me que o trate desta forma, e Professor

Tive oportunidade de “saborear” a sua companhia e a do Dr. Nuno Tavares. Também por isso, agradeço a forma empenhada com que me questionaram.
Foi uma noite agradabilíssima dado que fui confrontado com perguntas pertinentes, por dois Académicos de enorme qualidade.
Ouviram de viva voz uma parte, ainda que substancial, do que penso ser o futuro da nossa Instituição.
Fui claro, dando de mim uma imagem fidedigna ao colocar os superiores interesses da Académica acima de interesses individuais.
Fui ao ponto, para que todos os nossos leitores saibam, de dizer que abdicava da candidatura à Presidência da Académica, se um nome, na altura referido pelo Nuno manifestasse o desejo ou vontade de se candidatar. Peço só, encarecidamente e sei que não precisava de o fazer, que o não divulguem.
Os meus amigos questionam-me, criticam-me duramente, apontam-me possíveis caminhos e creia-me, vim muito satisfeito com mais uma lição.
Só os medíocres não ouvem, não fazem autocrítica, não se aborrecem consigo mesmo.
Faço parte de uma geração que aprendeu a estar em silêncio, aprendendo. Tive o enorme orgulho de pertencer a uma “tertúlia” liderada pelo nosso comum amigo e infelizmente já falecido “Pintanas”.
Nessa tertúlia, pontificavam nomes de grandes académicos, desde o Professor Doutor Jorge Veiga, o Professor Alberto Martins, o Dr. Gabriel Figueira, o Engº e Coronel Frias, o Professor Doutor Joaquim Matos Chaves, professor que foi na Universidade de Barcelona e Escola Superior de Belas Artes do Porto, barbaramente assassinado por um energúmeno, entre outros, que “colocavam em campo” com a sua sabedoria.
O meu amigo “tocou” em dois nomes, Campos Coroa e Fernando Pompeu, que me são muito queridos. Tenho por ambos uma amizade que nada nem ninguém poderá destruir.
O Dr. Fernando Pompeu acabou por ser dirigente da Académica.oaf e bem, e bom, porque eu recusei integrar a lista do Dr. Fausto Correia. Em boa hora o fiz, já que tenho de salientar o importante papel que desempenhou.
Só quem não o conhece, não lhe reconhece a enorme capacidade de pensar – o que é raro hoje em dia pelas bandas da Solum, desportivamente falando, claro está – e de decidir. Demonstrou-o também e mais jovem enquanto Presidente da Assembleia Magna da Associação Académica de Coimbra.
O Fernando Pompeu é um cidadão impoluto, inatacável, e as qualidades profissionais que demonstra atestam-no de forma clara.
Só “gentinha” e “gentalha” poderá colocar em causa o seu bom nome e as suas qualidades.
O Campos Coroa é o filho, além dos nossos, que todos os Pais gostariam de ter! Tenho grande dificuldade em defini-lo porque não encontro as palavras mais sábias.
Direi só, caro Professor e meus amigos, que o Dr. Campos Coroa será objecto do meu primeiro acto de gestão. “Será nomeado, em nome de todos os académicos, EMBAIXADOR da nossa sempre querida e eterna, Associação Académica de Coimbra/organismo autónomo de futebol”.
O Dr. Campos Coroa granjeou um enorme capital de simpatia junto do Portugal desportivo. Não há um único campo de futebol em Portugal para o qual ele não seja convidado de honra.
Personifica o nosso estado de espírito, é o paradigma da ética e da estética académica.
Mas não pense que a minha relação com ele foi sempre pacífica; nem por sombras! Momentos houve que estivemos zangados porque eu o criticava de forma dura. Mas no fim, porque há sempre um fim, os amigos verdadeiros dão um abraço e tudo passa. Aliás, quem estava presente sempre dizia: “isso, vá ao perdoa-me”!

Eu sou muito amigo do Mário Castro. Todos sabemos como pensa e a que partido político está ligado e ao qual estou eu.
Nada disso tem importância, quando os mais altos valores da Académica estão em causa.
Verdade seja dita, o Mário Castro disse que me apoiava, mas que nunca quereria nada de mim, nem nenhum cargo na Académica.
O Mário é um homem de bem, que tem o coração ao pé da boca. Gosta da Académica como poucos e o sofrimento académico faz parte do seu quotidiano.
Caro Professor e meu amigo
Poderia alongar-me muito mais sobre este tema, mas quem lê, precisa de perceber e saber muito em poucas palavras.
Manter-me-ei disponível, sempre, ao serviço da Académica e de quem, acima de tudo, a deseja servir.

Um grande abraço