sábado, 8 de setembro de 2007

O balneário

Nunca como hoje, os Presidentes dos clubes “invadem” o balneário durante o intervalo.
Insultam, ameaçam atletas e treinadores, como se o facto de pagarem vencimentos lhes desse o direito de colocar em causa o seu trabalho, a sua dignidade.
O balneário é a casa, o santuário de uma equipa formada por todos os que, diariamente, são responsáveis pelo normal desenrolar do trabalho.
Os outros, todos os outros, Presidentes inclusos, são os “figurantes” do filme - nada mais - “os cabeçudos” numa parada carnavalesca.
O intervalo, apesar de curto, também é constituído por fases. Explicá-las seria de alguma forma demorada, porque se centra sobretudo no domínio das sensações.
No regresso ao campo tudo deverá estar diluído e a equipa voltar a funcionar como tal, ou melhorar a sua prestação.
A única excepção, mas mesmo a única, é quando existe acordo entre treinador e Presidente, mas só a pedido do último.
Por isso, senhores Presidentes, deixem-se de patetices!